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Ricardo Missel • 22 de janeiro de 2025
O favoritismo no contexto empresarial pode ser definido como a prática de dar tratamento preferencial ou conceder vantagens para certos funcionários em detrimento de outros, com base em considerações pessoais como amizade, parentesco, afinidade ou preferência pessoal, ignorando critérios mais imparciais e concretos como mérito ou desempenho no trabalho. O favoritismo resulta em uma divisão entre privilegiados e prejudicados, atingindo a igualdade de oportunidades e a justiça no local de trabalho.
Mesmo que esse tema pareça distante para você, veja alguns números que ilustram essa realidade:
– A Randstad, consultoria que conduz pesquisas sobre o ambiente de trabalho, descobriu que 57% dos trabalhadores brasileiros acreditam que o favoritismo desempenha um papel importante nas decisões de promoção.
– A Revista Harvard Business Review identificou, em uma pesquisa com mais de 3200 pessoas, que 70% dos funcionários americanos acreditam que o favoritismo impacta diretamente na progressão da carreira.
– A PricewaterhouseCoopers (PwC) realizou uma pesquisa global de força de trabalho, incluindo o Brasil, onde descobriu que 47% dos profissionais brasileiros acreditam que a promoção no trabalho é influenciada por conexões pessoais ao invés de mérito.
– O Glassdoor, site de avaliação de empresas, conduziu um estudo nos Estados Unidos que mostrou que 1 em cada 5 funcionários acredita que seu chefe tem um colaborador favorito na equipe.
São números que refletem uma realidade atual onde critérios nada responsáveis e totalmente subjetivos ainda impactam a tomada de decisão e as estratégias, principalmente quando falamos em gestão de pessoas nas organizações.
O favoritismo ainda acontece nas empresas por várias razões:
– Conexões pessoais: líderes ou gerentes têm relações pessoais ou afinidades com alguns funcionários, o que pode influenciar suas decisões.
– Viés inconsciente: as pessoas podem ter viés inconsciente em relação a outras com base em semelhanças culturais, interesses comuns ou outros fatores, levando a decisões enviesadas e inconscientes.
– Falta de políticas e diretrizes claras: ausência de políticas que promovam a igualdade de oportunidades e previnam o favoritismo.
– Falta de transparência: nos processos de tomada de decisão como promoções e aumento salarial.
– Pressão externa: líderes ou gerentes podem ceder à pressão de pessoas influentes fora da empresa para favorecer determinados funcionários.
– Falta de treinamento e conscientização: A falta de treinamento em liderança e conscientização sobre o favoritismo e o viés inconsciente.
– Cultura organizacional inadequada: Uma cultura que valoriza relacionamentos pessoais acima do mérito e do desempenho.
E os impactos negativos são vários outros, muitos deles podendo levar uma empresa a falência em um curto espaço de tempo: desmotivação dos funcionários desvalorizados, falta de equidade evidente, redução na colaboração, aumento do turnover, entre outros.
Para mitigar esses impactos, as empresas precisam promover uma cultura de igualdade de oportunidades, transparência e avaliações de desempenho justas, baseadas em méritos e competências e ignorando preferências pessoais. É necessário que se aja de maneira proativa, como a implementação de políticas claras, treinamento de liderança, promoção de práticas de transparência e a conscientização sobre o viés inconsciente.
Essas são algumas das práticas que mais reduzem o desenvolvimento de uma cultura negativa de favoritismos e favorecem a equidade e a meritocracia dentro das empresas:
– Estabelecimento de políticas e diretrizes de gestão de pessoas que promovam a igualdade de oportunidades e expliquem claramente como as decisões são tomadas.
– Avaliações de desempenho objetivas e sistemas de avaliação baseados em critérios mensuráveis e objetivos, garantindo avaliações justas e transparentes.
– Prática do feedback frequente e construtivo, com foco no alinhamento de expectativas e melhoria do desempenho.
– Processo de recrutamento e seleção justo, fundamentado em procedimentos que garantam que todos os candidatos sejam avaliados com base em suas habilidades e experiências, evitando qualquer tipo de viés.
– Preparação e treinamento das lideranças, a fim de garantir que eles entendam a importância da equidade e da transparência no tratamento de suas equipes.
– Auditorias regulares nos processos de recursos humanos, buscando identificar e corrigir qualquer sinal de favoritismo em situações de promoção, aumento salarial o outro reconhecimento.
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