Inteligência Emocional como diferencial

Por Ricardo Missel

Manter o equilíbrio nas situações de tensão e estresse é um dos principais requisitos de um gestor.

Ninguém gosta de trabalhar com um gestor que utiliza de intimidação e jogos de poder para atingir metas, menos ainda de estar ao lado de um colega que perde facilmente o controle durante o dia a dia. A busca do equilíbrio diante de situações de conflito e saber lidar com o estresse, coloca cada vez mais como regra do jogo a inteligência emocional (IE).

O termo foi popularizado pelo psiquiatra americano Daniel Goleman, autor de diversos livros sobre o tema. Ele analisa que nas avaliações por competências utilizadas para identificar os líderes diferenciados, pode-se identificar facilmente indicadores de inteligência emocional no topo de prioridades, ao lado de características técnicas.

A importância de características técnicas cresce em funções mais baixas, enquanto nos níveis mais altos, o modelo de competência para líderes consiste em 80% até 100% de habilidades baseadas em inteligência emocional. Goleman comenta que os CEOs são contratados pela sua experiência em negócios e capacidade intelectual, mas demitidos por falta de inteligência emocional.

Na psicologia, inteligência emocional se refere à capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, e especialmente em saber lidar com eles. Algumas características importantes são: se colocar no lugar do outro ao se posicionar, não ser precipitado na tomada de decisões e não invadir o espaço da outra pessoa.

Quando há falta de inteligência emocional, o profissional deixa de reconhecer no ambiente o que é importante para a equipe e para a empresa. Desta maneira, prevalece apenas o que ele acredita que seja importante, e isso talvez não seja interessante nem para o outro nem para a empresa.

Seja por meio de um coach, um mentor na organização ou outro acompanhamento profissional, o executivo deve buscar os motivos de um comportamento indesejado ou razões do estresse em algumas situações no ambiente corporativo. Caso o problema não seja de caráter interno, ou seja, da própria personalidade do profissional, seria importante avaliar o ambiente da empresa.

A busca do equilíbrio é um processo de aprendizado adquirido com experiências ao longo da vida e da carreira, porém, nem sempre estas experiências são positivas. É importante aprender a lidar com a ansiedade quando temos uma meta a ser alcançada. Para um gestor, trabalhar 14 horas por dia e ser centralizador não é ter inteligência emocional. Portanto, é necessário delegar, orientar, confiar e trabalhar junto com a equipe.

Para sermos inteligentes emocionalmente teremos que desenvolver o autoconhecimento, autopercepção, percepção do outro, exercitar a empatia, entender o porquê dos próprios sentimentos, se dar bem com as pessoas, ser resiliente, ter boa autoestima, ser motivado e saber dizer não. O equilíbrio entre vida pessoal e profissional também tem um peso importante.

Desenvolva a sua IE, que com certeza você será mais feliz.

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