Como qualificar a tomada de decisão no seu negócio?

Cada vez mais dentro dos negócios, o processo para tomada de decisão se torna complexo e relevante. Isso acontece porque a quantidade de variáveis que impactam nossas escolhas cresce rapidamente com a evolução da globalização, das interrelações B2B e B2C e da complexidade dos mercados, além do menor tempo possível de reação quando uma decisão é equivocada. Uma pesquisa da consultoria McKinsey & Co. identificou que 40% do tempo dos executivos é tomando decisões, e que grande parte desse tempo é gasto sem qualidade. 

Esse alto envolvimento acaba refletindo na baixa qualidade do processo decisório. Por isso, os movimentos que defendem a deleção das decisões são vistos como uma solução importante, mas que precisa ser conduzida de forma organizada e a partir de métodos e treinamento. É claro que essa não é uma missão simples, já que tem reflexo direto no comportamento das pessoas e demanda uma mudança cultural sobre as relações de poder. Porém, se realizada da forma correta, pode apresentar grandes benefícios no médio e longo prazo. 

Trazemos algumas dicas sobre como conduzir esse processo de delegação da tomada de decisão nos negócios. 

1 – Busque a simplificação sempre que possível 

Muitas vezes caímos na armadilha de complicar as decisões e nós mesmos aumentamos a nossa insegurança sobre os desafios. Antes de ir adiante com uma reunião ou qualquer atividade que envolva outras pessoas, reflita sobre a real necessidade daquela etapa e o quanto ela realmente irá contribuir para a qualidade da decisão tomada. É normal buscarmos por informações que possam validar nossas decisões, mas nem sempre eles serão confiáveis e muitas vezes elas serão enganosas. 

No livro “Blink – a decisão num piscar de olhos”, de Malcolm Gladwell, são apresentadas diversas pesquisas da área da psicologia e neurologia que comprovam que o tempo que dedicamos à tomada de decisão desconsidera o potencial da nossa intuição e muitas vezes pode atrapalhar as nossas decisões. 

2 – Limite a tomada de decisão à poucas pessoas qualificadas 

Envolver muitas pessoas em um processo decisório é outro erro bem comum, por diversas razões. Capacidade de colaborar, real engajamento e interesse, expectativas paralelas e interesses individuais, problemas de relacionamento e outros fatores são pontos importantes para considerarmos ao delegar decisões. 

Uma pesquisa da Universidade de Stanford constatou que quando uma reunião envolve 5 ou mais pessoas, a chance de que a decisão seja adiada aumenta significativamente. 

3 – Certifique-se de que a decisão tem o aval do maior especialista 

Antes de “bater o martelo” muita coisa pode acontecer – pesquisas de mercado, seleções de pessoas, orçamentos, avaliações. Grande parte das informações que são relevantes podem ser coletadas e organizadas por diferentes pessoas, pois são processos que também envolvem decisões críticas e classificatórias. Isso permite que o especialista se envolva no final de todo processo e de um aval final. O tomador de decisão pode ser aproximar do processo quando as informações já estão na mesa, e então usar da sua experiência para dar o veredito. 

4 – Organize esse processo e cumpra com os passos 

Reflita sobre o que é mais e menos relevante no seu processo decisório e desenhe seu funcionamento. Defina onde é realmente importante se envolver e o que pode ser trabalhado por outras pessoas e como. Rastreie os pontos críticos da tomada de decisão durante o processo e quem são as pessoas com capacidade suficiente para definir os caminhos a partir dali. Com um processo decisório bem desenhado fica mais fácil estabelecer o que pode e o que não pode ser delegado. 

Imagem: freepik / allashost2014

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